EDUCAÇÃO

Observou-se um problema relacional entre família e o dependente químico, desgovernada pelo excesso de preocupações, medos, inseguranças, amor e um grande sentimento de impotência que ora causa culpa e ora causa superproteção e a direção correta mesma em atitudes e decisões coerentes estão distantes de serem assertivas pela falta de confiança que embutida ou escancarada vem acontecendo nas famílias acometidas pelo problema das drogas em casa.

A família também é paciente e precisa de tratamento tanto quanto o adicto, e alguns terapeutas não sabem disso e ficam tratando a família como coo terapeutas, como por exemplo, seguindo recomendações medicas quando somente o filho está doente e os pais seguem um receituário normativo entre horário, doses e dias, sendo auxiliares e capazes de tal função pois nessa perspectivas os pais estão saudáveis e pós medicação a saúde do filho se restabelece e tudo volta ao normal, a confiança é total nos médicos e os filhos tem total confiança nos pais na cura da sua doença, no uso de drogas é diferente por ser uma doença relacional que vem da falta de confiança familiar envolvendo os pais, a família e o adicto no uso de drogas como um desgarramento da família em algum momento de sua vida e caindo de vítima nas garras das drogas.

É importante o tratamento antes das famílias em trabalhos preventivos no combate as drogas em casa, a família deve perceber esta necessidade de que precisa ser feito antes do filho entra na dependência, ou seja ao uso no modo recreativo, mas podemos perceber dependentes químicos sendo tratados sem a família e os resultados positivos podem demorar a chegar causando na família uma frustração por traz das recaídas e muitas vezes sem perceber progressos da terapia nos comportamentos de seus filhos.

A família ganha se tratar sua coo dependência antes  do filho se tornar um dependente químico, com acompanhamentos ou orientações pela sabedoria da psicologia e da terapia familiar especificamente, conhecer este novo relacionamento é compreender o caráter da droga contaminado no caráter do filho, ou seja semelhante, e ainda conhecer como este filho está se relacionando em casa é reflexo da competição do caráter da droga na confiança da família,  quando se tem um ente querido na dependência química, por vezes buscar ajuda é aceitar sair da impotência da família recebendo ajuda e colaborar a restituir seu cargo de líder hierárquico perdido pela afetação das drogas em casa, a confiança se apresenta e a responsabilidade e a autoridade dos pais passam a modelar novamente as esperanças de novas possibilidades e conquistas em todas as áreas da vida.

Podemos perceber famílias reclamando dos gastos médicos e psicológicos destinados aos atendimentos particulares a seus filhos e mais impactante ver pais frustrados com os resultados terapêuticos e não se dão conta que sua falta nas terapias familiares vem a potencializar estes resultados frustrantes, pois a terapia não resolve sozinha o problema do dependente químico, a terapia precisa da coparticipação dos pais mediante seu acompanhamento da terapia familiar que possibilita potencializar a mudança na família necessária para fluir o desenvolvimento mental do filho e da família.

Parece que pais exigem terapias e filhos permanecem em terapias somente para cumprir essas exigências e continuar no uso de drogas, pois cumprindo as exigências o clima melhora e consegue-se mais tempo para permanecer em uso de drogas lubridiando os pais nesse jogo de esconde esconde onde a confiança ou a hierarquia familiar ficou no passado.

Por exemplo, os pacientes dizem estarem na terapia para os pais pararem de encher e percebem que param mesmo, porém é uma pena, pois é frustrante saber que os pais param de encher os filhos por acreditarem que a terapia vai resolver, mas terapia não vai resolver o problema sozinha.

Acontecem situações em que os pais encaminham os filhos para terapia e o filho continua usando droga e os profissionais também ficam frustrados, o filho fica com a parte boa do consumo que é sair e voltar a hora que quer, faz o que quer, vai com quem quer, e os pais ficam estressados, buscam e levam, patrocinam, os pais estão com uma demanda que se olhar friamente para isso o trabalho dos pais tem que vir primeiro, porque se os pais estão com a angustia e manda o filho para terapia a família fica em segundo plano e deveria estar em primeiro pois é ela quem está sofrendo.

A terapia família pode mostrar a força do sistema na mudança, aprendeu-se com esta linha psicológica que um quadro de comportamento pode ser mudado com a vontade própria da pessoa, mas que a família tem uma potência enorme a completar e favorecer essa mudança estando intimamente ligadas a essa mudança.

A partir das experiências com a família a terapia familiar conquistou profissionais que foram no decorrer das décadas de 90 aos passos lentos se interessando pelo sofrimento da família diante da dependência química passando a crescer mesmo que timidamente ainda profissionais psicólogos especial idos em dependência química e terapeutas familiares mergulhados em pesquisas, estudos de casos, estatísticas, notícias, políticas públicas, sociedade, coletando informações e acrescendo em trabalhos de especializações, mestrados e doutorados no pós curso de psicologia para servir de base para iniciantes na área possam adentrar e complementar estudos que abram cada vez mais novas possibilidades de combate as drogas em casa.

Analogamente temos a ferramenta da qualidade importante para identificação do problema chamada diagrama de Pareto, utilizados para elaborar gráficos, demonstrar estatisticamente o que perceptivelmente você pode comparar, perceber, acreditar, conferir, tomar como exemplo, incorporar para si estes resultados e refletir neste conceito que surgiu sugerida por Joseph M. Juran sugerindo a lei de Pareto em homenagem a um economista italiano chamado Vilfredo Pareto como proveniente de um princípio 80-20 na qual afirma que para  muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas, logo, a maior parte do resultado depende da menor parte do esforço. Esta formula criada em 1906 é uma regra que estipula ser em várias áreas 80% dos resultados depender de 20% das causas e pensando nisso podemos citar como exemplo, hoje como um modelo mental utilizado para diversas áreas podemos observar que na área domestica podemos perceber numa lavagem de louça a obter 80% dos resultados advir de 20% da causa com a lavagem e o resultado com o aspecto visto, nas áreas psicológicas temos para 20% dos pacientes a soma de 80% dos problemas, 20% dos clientes para 80% da receita e de acordo com o canal do youtube: terapia familiar e dependência química nos bastidores, apresentam a opinião de que a família em relação a dependência química depende dos 20% dos esforços para advir o resultado ou causa de 80%, ou seja,  consequências ou resultados a serem recolhidos, demandando pouco esforço e ampla consequência ou resultado e em relação a família e a terapia familiar podemos observar a mesma regra da lei de Pareto  favorecendo uma visão  favorável que habilita a terapia familiar a ganhar mais confiança e credibilidade no combate as drogas em casa com menos esforço para possibilidade de mudanças.

Numa terapia na primeira entrevista a mãe vem logo reclamando do filho, quando a família não foca na própria dificuldade de lidar com aquela situação, pode sentir muita impotência, porque os pais são capazes de fazer uma análise do comportamento do filho e muitas vezes não são capazes de perceber qual é a sua dificuldade em lidar com aquele comportamento, por exemplo, agindo como coo terapeutas cuidando de um filho doente estando o cuidador saudável, mas isso não é verdade o cuidador está com a hierarquia familiar afetada, por exemplo, tenho um filho que  usa droga este filho me desrespeita, xinga, grita, então não quero que grite ou xingue, quero que tenha horário, os pais não percebem o que quer nessa relação, qual a sua dificuldade, qual a sua potência para fazer uma freiagem, um limite frente essa dificuldade, os pais chegam reclamando na terapia familiar, mas tem que ser intimados a falar do que está acontecendo na sua casa, o que querem, se querem uma casa mais respeitosa, querem um filho que não use droga, que não grite, mas temos que saber se são isso mesmo que querem, pois algumas observações podem ser constatadas de que existem pais que não controlam ninguém, carregam crenças de que se usam drogas acham leve, ou dependendo da droga não prejudica a saúde, tem estas crenças e pensamentos relaxantes que o uso recreativo não chega a dependência química de fato, é preciso saber se posicionar para saber até o que está fazendo para colher o resultado que deseja.

Na dependência química podemos perceber que tudo é indefinido, por exemplo, é aquele que estuda, mas não estuda, trabalha, mas não trabalha, namora mas não namora, que tem dinheiro mas não tem dinheiro, mora mas não mora, não se compromete, os pais são casados mas não são, querem mas não querem, precisa parar de usar drogas, mas não precisa, essa indefinição atrai para característica do padrão encontrado nas famílias de dependentes químicos.

O tratamento envolve definição e isso começa pelos pais, se definir ajuda muito no processo de recuperação do filho, isso envolve mudar de ideia, os pais tem medo de perder aquela pessoa sem levar em conta o quanto aquela pessoa é dependente daquela família, por isso tratar a família é importante, os pais pressupõe o filho com um grau de poder e autonomia  muito maior do que os pais tem, uma autonomia que somente tem porque os pais dão aos filhos, por exemplo, os pais dizem que se não der dinheiro o filho vai embora de casa, não vai mais olhar na nossa cara, não volta mais para casa, mas se não for usuário de crack, que pode passar dias fora de casa, não sendo este caso, porque se fosse já era indicado internação, vejamos estes filhos entre a maconha, cigarro, álcool e cocaína em pó e inalantes o mesmo metanfetaminas, ainda em uso recrativo, mas que estes filhos estão acostumado com conforto e isso precisa mudar.

E importante quando a família começa a perceber a potência que tem vendo esses resultados e ver que este filho se aproxima, quando a família para de gritar, brigar, reclamar, e começa a se posicionar o filho e ele se aproxima, pode não se aproximar feliz, por exemplo, quero dinheiro e a mãe diz não tem, bate boca, chuta porta, sai, mas volta, fica uns dois dias sem conversar de bico, mas logo fica manso, se sentindo cuidado.

A família precisa acreditar que o adolescente quer mandar, mas não quer, não faz bem, não tem emocional para isso, os pais se sentem competentes e os filhos também, porque estes pais são muito reclamões, podem até achar bom usar droga licitas, mas é muito solitário os adolescentes são muito solitários porque estão sempre errados,

Na doença os pais e a família se adapta ao filho, enquanto que, no tratamento é o paciente que se adapta a família. Tem haver em colocar cada um no seu lugar pai é pai filho é filho.

Tem muitos pais adolescentes, gritando, reclamando, xingando, explodindo, está péssima relação familiar se enquadra numa hierarquia desastrosa, pesquisando pela literatura sobre liderança podemos perceber que o principal ingrediente da hierarquia é a confiança, porque para poder exercer bem a hierarquia temos que confiar em nossa capacidade e na nossa função, e para você responder tem também que confiar na capacidade de quem está acima de você , o principal elemento de uma hierarquia é a confiança, não é capacidade ou autoridade, semelhante na terapia familiar temos a presença desta  conexão de confiança na relação terapêutica, porque conseguimos ajudar alguém, quando esse alguém confia na gente, nossa ajuda é com hierarquia, não mandamos nela, mas este olhar com hierarquia presume a confiança aceita, pois não é mandar é confiar é ser liderado.

Para desenvolver confiança tem que ter integridade que é um processo de autoconhecimento e coerência e essa mudança para cura das relações familiares desajustadas conseguimos com a procura por serviços profissionais da terapia familiar e ainda de grupos de apoios que encontramos gratuitamente como por exemplo, o amor exigente que tem abrigado uma grande parcela de famílias com orientações coerentes e capazes de mudar o rumo da competição das drogas com a confiança dos pais afetando a autoridade e minando a capacidade de atitudes e decisões de combate as drogas em casa.

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