APAQ: um canal de comunicação e articulação das demandas e necessidades no combate as drogas em casa, traz a opinião da diretora geral da apaq Ana Keila Pires Ceculini sobre a necessidade de união familiar nessa nova jornada de educação no combate as drogas em casa com apoio de atitudes estratégicas de educação e incentivo ao acolhimento clinico.
Como estamos encarando o usuário de drogas hoje?
Muitas pessoas podem ser consideradas como um atrapalho ou somente de olhar pode chegar até a não ser reconhecida, seu físico comprometido com a falta de alimento e excesso de substancias químicas variadas acumuladas no seu organismo interrompendo o fluxo do metabolismo normal, começa a interferir na estética e demonstrar a carência da saúde e evidenciar a doença mental irradiando no corpo físico a falência da vida como um todo.
“ estamos saindo da comodidade do lar para as ruas e vendo os lares dilacerados, um contraste inviável a se dar conta da triste realidade do vício das drogas a se tornarem cidadãos de lares confortáveis em cidadãos lares ao céu aberto entre ruas afastadas, buracos escuros, linhas ferroviárias, construções abandonadas, além do crescimento dos riscos de acidentes nos furtos para manutenção do vício, ainda segue a prostituição do corpo e a escravidão do faço qualquer coisa pelo foco estar centrado nas drogas, seduzido e maltratado sem direito a nada e nem direito a saúde, trabalhando 24 hs ao dia entre roubos, recolhimento de reciclagem em alguns casos sem direitos trabalhistas, férias, salário ou plano de saúde, uma verdadeira escravidão e ainda imploram pelo seu espaço ao lado das drogas”.
Isso tem que acabar, quem são estas pessoas, quem são seus pais, seus parentes, seus amigos, porque estão lá a tanto tempo parecendo até abandonados, não podemos mais permanecer dessa forma, são cerca de 2000 pessoas na cracolandia de São Paulo, como isso pode acontecer a responsabilidade é do Estado, é do Governo Federal, e do Ministério da Segurança Nacional, é da Policia Militar ou Civil.
Será que as penitenciarias ou centros de ressocialização são suficientes e os esperado para contribuir com a solução do combate as drogas?
Não, não acho suficiente e nem justo porque estão doentes pela dependência química e precisam de cuidados terapêuticos e familiares especializados e integrados, reafirmando a posição de autoridade dos pais a lhe conferir segurança e sustentação de que os pais são quem o ampara, ama e valoriza, é deles a base que deve o filho ser espelhado e identificado e as vezes estas atitudes de valor estão fora do controle ou até o conhecimento de como agir diante de uma educação já sensibilizada pelas fragilizações da vida familiar marcada por conflitos estão enfraquecidas e sem êxito de solução.
Se solicitarmos uma reflexão de quem são os dependentes químicos, alguém na ausência de sua saúde mental tem a quem a lhe proferir cuidados legais?
A LEI nº10.216, 6 de abril de 2001, Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistência em saúde mental. Conforme o artigo 6º, Paragrafo Único, inciso II da mesma lei determina que a internação involuntária é possível, desde que seja feito um laudo médico detalhando o transtorno mental, ou vicio em substancias toxicas e a internação seja voluntaria ou por terceiros, caso a vida social dessa pessoa esteja impraticável, ou mesma que advenha de uma pedido judicial, portanto na ausência da plena consciência o cuidador responsável deve e pode intervir a prestar ajuda a este ser acometido pelo vício da droga legalmente, mas o que estou falando é mais profundo ainda, estou falando do cuidador responsável que não precise chegar a este ponto a ser identificado como cuidador de legal direito e sim de responsabilidade familiar pelos cuidados deste ser em consciência fragilizada ao domínio sedutor das drogas.
A responsabilidade de um pai ou uma mãe só acaba quando morremos, a esposa ou marido, o filho ou filha são parceiros nessa jornada e partilha de responsabilidades com muito respeito ao bem maior que é nosso ente querido.
Talvez, as alianças entre os membros familiares sejam fortes indícios para o desequilíbrio familiar, porque podemos evidenciar em alguns casos mães dos dependentes químicos se relacionarem de forma simbiótica, de forma não haver separação entre si, onde a mãe se apega ao filho desde a tenra idade e o trata ainda como se tivesse idade inferior do que realmente tem.
De repente cadê o controle da situação? Uns tratam demais outros tratam de menos e muitos acabam no mesmo lugar ao céu aberto em lugares sujos e danificados reflexo de como estão com o uso abusivo de drogas.
Como encarar nosso papel na responsabilidade do combate as drogas em casa?
Chegando aqui podemos encarar nossa responsabilidade nessa história e criar forças, perseverar nas suas atitudes, acreditar na sua posição de autoridade do lar e da família e construir uma relação com parceria ou uma extensão da sua autoridade alinhada a autoridade do que temos hoje para ajudar a restabelecer o funcionamento mental perdido pelas drogas com o auxílio do resgate humanizado, pense naquele chocalhão que você não consegue mais dar porque pode até apanhar, ou levar muitos gritos, isso mesmo vem a ostensão com uma pegada mais paternal e sem bocejar, você está errado e vai de castigo, depois vem o segundo alinhamento de autoridade seria com a intervenção clínica de tratamento químico, pense naquele castigo de um minuto por idade recomendado pelo sistema pedagógico infantil, porem para adultos se recomenda um tempo maior estimado em 6 meses, olha sua autoridade se reconstituindo com o apoio terapêutico que o dependente químico vai receber e evidenciado quando te diz desculpa eu estava realmente fora de mim, eu te amo, obrigado por estar do meu lado.
Aqui estamos numa corda bamba porque falta dinheiro, falta informação, falta amparo psicológico, mas as internações clinicas devem acontecer sim, para isso nossa luta, para juntar depoimentos de familiares, interesse de simpatizantes, falta união entre pais e amigos dos abusadores químicos para saltarmos mostrando nossas necessidades e resolver com consciência logica os fatos que são combater as drogas em casa e ajudar os pais a retirarem seus filhos das ruas e a única solução que vejo é um fundo social a contribuir com as internações urgentes de cunho social, mas temos que nos haver conosco mesmos, o problema é nosso vamos resolver, não adianta mais ficar esperando do governo, da policia, só vai maltrata-los, as clinicas mesmo com seus defeitos que algumas apresentam com o atendimento e acomodações ainda são a melhor intervenção que podemos obter de imediato para sanar este problema que está aberto a tanto tempo.
Temos estes recursos e juntos ações politicas e sociais poderão ser feitas e com resultados surpreendentes porque a união faz a força é um dito antigo e verdadeiro porque perder a fé vamos em frente.
O site APAQ estará atento a toda forma de comunicação para pleitear melhorias e ajudas para o amparo dos pais e amigos dos abusadores químicos no combate as drogas em casa para que possam ajudar seus entes queridos a se fortalecerem no mundo cheio de oportunidades e de natureza esplendorosa a nos ajudar a ser quem queremos ser, seja com recursos financeiros de um fundo social ou de serviços profundos que vão te fortificar a continuar lutando.
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